XXXI - MEUS ALTOS E BAIXOS
Quatorze de setembro do ano de dois mil e três.
Falar de si mesma não é fácil. Esse blog deveria funcionar como um diário. Não o faço diariamente (até preciso por orientação do meu psiquiatra), mas sempre esbarro na falta de tempo e no conformismo de que nada adiantaria.
Enfim, ando uns dias bem diferente. Olho pro meu trabalho e não vejo perspectiva de crescimento. Pelo contrário, não vejo futuro, vejo tempos difíceis a serem enfrentados.
Uma vez me falaram pra criar porco, galinha, mas nunca expectativa... Muito melhor receber uma notícia que te surpreenda positivamente do que se decepcionar. E com decepção não consigo lidar.
Hoje escrevo o blog no trabalho... não que eu não tenha afazeres pendentes, mas quando você se sente desmotivada, não é fácil lidar com a rotina do trabalho. Me falta concentração.
Me faço uma pergunta que não sei a resposta. Quem eu sou? Esposa? Mãe? Coordenadora de Recursos Humanos? Profissional? Quem sou eu? Não estou sabendo definir. Sem saber quem sou, não dá pra saber o que quero ou espero da vida. Não tenho sonhos inatingíveis... aprendi a viver com o básico. Não que não goste de coisas boas, mas depois de tanto tempo vivendo sem luxo, eu nunca saberia como viver numa vida com ela.
Preciso tentar responder. Quem eu sou? Antigamente, eu dizia ser uma mulher cheia de sonhos, que amava dançar, que sorria com facilidade, que era otimista....
Hoje eu sonho com o básico: Trabalho, teto, comida. O que eu amava fazer que era dançar as crises de ansiedade me levou.. Meus sorrisos viraram gargalhadas bêbadas, o otimismo virou realidade. Planos só os a pequeno prazo.
Vou terminar esse texto. Escrever quando não está bem, alivia o coração, mas me deixa melancólica. Até qualquer dia. Assim espero.
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